Beethoven:
Nona Sinfonia: http://www.youtube.com/watch?v=t3217H8JppI
Terceira Sinfonia: http://www.youtube.com/watch?v=M7VtK6AEwbY
Moonlight Sonata: http://www.youtube.com/watch?v=eFIe8xoS1jI
Vivaldi:
As Quatro Estações: http://www.youtube.com/watch?v=GRxofEmo3HA
Mozart:
http://www.youtube.com/results?search_query=mozart&oq=mozart&gs_l=youtube.3..35i39l2j0l8.38264.39203.0.40716.6.6.0.0.0.0.266.701.4j1j1.6.0...0.0...1ac.1.bs69qbX73IE
Brahms:
Lullaby: http://www.youtube.com/watch?v=t894eGoymio
Dança Húngara n. 5: http://www.youtube.com/watch?v=3X9LvC9WkkQ
Mahler:
Sinfonia n. 2: http://www.youtube.com/watch?v=d6idPaGqvV8
Wagner:
Tristão e Isolda - Prelúdio: http://www.youtube.com/watch?v=fktwPGCR7Yw
O Voo das Valquírias: http://www.youtube.com/watch?v=XRU1AJsXN1g
Tchaikovsky:
Valsa das Flores: http://www.youtube.com/watch?v=AxMlBNtXrVk
Danza Árabe: http://www.youtube.com/watch?v=n0_MR1nMhZw
domingo, 23 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
Top Five Provocações
Em homenagem à minha querida amiga Luanda Moura, que adora listas, segue uma lista minha: Top Five das entrevistas de Antônio Abujamra em Provocações:
1.: Rubem Alves: http://www.youtube.com/watch?v=261y2OZvp60 .
2.: Flávio Gikovate: http://www.youtube.com/watch?v=pIOd9Ab_xdU .
3.: Ariano Suassuna: http://www.youtube.com/watch?v=nGW46AH1sjM .
4.: Marcia Tiburi: http://www.youtube.com/watch?v=AZf-bq4IDa4 .
5.: Laerte: http://www.youtube.com/watch?v=QmEGgs5yWCE .
"Por que a água fervendo amolece a cenoura e endurece o ovo?
Por que a chuva cai em gotas e não de uma vez?"
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Estela na livraria
Eu estava no corredor de literatura brasileira da Livraria Saraiva - que não é bem uma livraria, é antes um mercado de livros - quando Estela entrou pela ampla porta de vidro. De onde eu me encontrava, pude vê-la entrar. Estava mais linda do que nunca. Lá fora, na cidade, fazia muito calor, mas dentro do shopping, fazia frio. A manhã estava bonita, só não estava mais bonita do que Estela. Todos os homens que se encontravam dentro da livraria olharam para ela quando ela entrou. Até o vendedor da sessão de literatura estrangeira, que sempre fora um sujeito discreto, lançou um olhar lúgubre em direção ao seu decote.
Para a minha sorte, Estela não notou a minha presença de imediato. É que eu cheirava as páginas de um Clarice Lispector quando a vi. Ainda bem que ela não me flagrou naquele momento, porque poderia achar que eu era doido ou coisa parecida. Não é todo mundo que tem mania de ficar cheirando livros em público, concordam? Assim como não é todo mundo que sabe que existem pessoas que escolhem livros pelo cheiro das suas páginas. Eu escolho. Talvez eu seja mesmo um pouco doido - mas eu não queria que Estela soubesse disso.
Eu estava com saudades dela. Nós tivemos um namoro breve, que terminara há poucos mais de dois meses. Eu a adorava, mas sofrera demais com as mulheres e, por causa disso, não tive coragem de assumir um namoro sério, apesar de ter me apaixonado de verdade.
Ela já estava folheando um livro quando eu terminei de pensar tudo isto e resolvi abordá-la. Cheguei pertinho e finalmente ela me viu. Ao ver-me, ruborizou-se, e eu também.
- Oi - eu disse.
- Oi - ela respondeu.
Tive desejo de beijá-la ali mesmo, na frente de todo o mundo, mesmo correndo o risco de ser apanhado por alguém. Se eu tivesse coragem de pedi-la em namoro, não precisaria ficar com vergonha nem com desejo reprimido de beijá-la, logo ela, que beija tão bem. Dei-lhe então um abraço apertado e um beijo quente na bochecha. De repente, uma ideia me ocorreu, como um raio de luz:
- Espera eu comprar um presente para você? - perguntei, mal contendo minha paixão secreta.
- Mas nem é o meu aniversário - respondeu ela, ainda envergonhada pela surpresa do encontro.
- Ué, quem disse que a gente só pode dar presente no dia do aniversário? Espera aqui que eu vou comprar e já volto.
Ela sorriu e disse que esperava, enquanto eu voei até a prateleira de literatura estrangeira e apanhei um livro de contos de Oscar Wilde - ah, Wilde, como você arde de paixão! Paguei pelo livro, pedi para embrulhar para presente e voltei para junto de Estela, que agora estava lendo outro livro. Tudo isso não levou mais do que dez minutos. Assim que notou minha presença de volta, ela parou o que estava fazendo e sorriu de novo.
- Aqui está - disse eu, entregando o presente.
- Posso abrir? - perguntou ela, pegando o livro nas mãos.
- Não - respondi, tocando a sua mão e puxando para perto de mim. - Deixa para abrir quando chegar em casa.
Em seguida, puxei-a bem para perto de mim, fitei bem fundo nos seus olhos e beijei-a com muito desejo. Ali, na livraria, pouco me importando com o risco de ser flagrado por algum conhecido. E não, não era apenas desejo - era mais, era paixão, era vontade de consumir a vida naquele beijo.
Foi assim que, depois do beijo, tomei coragem e a pedi em namoro.
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