Voltei a fazer um blog. Tinha apagado o anterior, para evitar que "os pneus esvaziassem", como diria Bukowski.
Mas voltei porque senti o risco de morrer se não publicasse. Escrever, eu continuo escrevendo, mas, em primeiro lugar, escrever é uma coisa e publicar é outra; então eu queria dizer a vocês que a miséria da editora Bagaço me mandou um orçamento de R$ 5.800,00 (cinco mil e oitocentos Reais) para publicar o meu pobre livro de narrativas (eróticas).
Desgraçados, deveriam pagar pelo meu livro!
Some-se a isto o fato de que a crise na Grécia está terrível e nem sinal de Zeus, Atena, Apolo e etc. Deixaram os pobres gregos na mão e cadê Teseu, Alexandre, Heitor, Ulisses e companhia limitada? É... Se o gregos tivessem levado Sócrates e Platão mais a sério, não se encontrariam no buraco onde se enfiaram.
E também tem me angustiado bastante a certeza de que a Europa se prepara para declarar guerra a algum continente para poder se reerguer da crise econômica. Como a América Latina não se deixa mais roubar - ou pelo menos não se deixa roubar como antes - os europeus terão de arranjar outros países para escravizar. Na melhor das hipóteses, vai sobrar para os africanos. Na pior, a pipoca do Oriente Médio vai estourar. Não seria precipitado colocar o guaraná Antarctica para gelar.
Me ocorreu agora a ideia de fazer um post sobre o melhor de 2011. Bem, o melhor de 2011 foi ter chegado 2012, porque, para quem não sabe, havia um rumor esotérico de que um tsunami varreria o litoral brasileiro (lascava Recife), mas o tal tsunami não veio. Portanto, eu e todos os recifenses poderíamos ter morrido no reveillón. Afogados! E eu virei o ano em Porto de Galinhas, ou seja, na beira do mar... Rapaz, estar escrevendo este post já é uma glória!
2011 para mim foi o seguinte:
O melhor filme foi Melancolia. Se bem que o mundo lá acabou (ou não). Mas o banho de lua de Kirsten Dunst valeu a pena.
O melhor disco foi Refazenda, de Gilberto Gil.
O melhor show foi o da OSESP no teatro do parque Dona Lindu, e o pior teatro foi o do parque Dona Lindu, que também ganhou o troféu de pior parque do mundo e de pior plateia do mundo - durante o concerto da OSESP, cujo violinista convidado, Augustin Hadelich, foi o melhor violinista de 2011. Por sinal, é o único que eu conheço.
O melhor DVD foi o dos 3 Tenores em Los Angeles.
A melhor namorada foi... Foi... Digo, ficante. Foi... Foi... Enfim, vamos pular esta parte. 2011 não foi um ano muito propício para o amor.
O melhor jogo de PS3 foi Fifa 12.
O melhor livro, O Vermelho e o Negro, de Stendhal. O pior, não me ocorre nenhum.
A pior vendedora foi a da Saraiva, que afirmou que não tinha na loja a Ópera de Tristão e Isolda, quando na verdade havia um exemplar na prateleira.
O melhor site foi um que eu encontrei, onde eles vendem CDs e DVDs antigos. Chama-se Faunus Discos.
A melhor viagem foi a São Paulo (curso de Filosofia).
O melhor museu foi o de Arta Sacra. E a melhor revista foi a Le Monde Diplomatique, junto com a Cult, vá lá. E pronto.
Isso é tudo.
No mais, continuo odiando os processos e, um pouco menos, os clientes.
Este ano é de eleições para prefeito e vereador, ou seja, na terra de Pinóquio, quem tiver desvio de septo, será prefeito, com a licença do trocadilho.
No mais, veremos como as coisas se desenrolam.
E lembrem-se: estudar não é garantia de se dar bem na vida. Reveja seus conceitos.
Em 2012, espero voltar a ter esperanças no amor e na humanidade. Emagrecer, rever o grau da minha miopia, diminuir ainda mais a bebida, publicar meu livro e terminar a peça de teatro que estou escrevendo. Ah, e ser menos filho da puta do que fui em 2011.
É isto.
O resto, deixarei para o acaso. Embora eu saiba que nada é por acaso.
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