terça-feira, 24 de dezembro de 2013





Sim, é bem provável que Cristo não tenha nascido no dia 25 de dezembro, conforme alguns amigos já noticiaram no Facebook. Pelos cálculos que se fazem, o mês que mais se aproxima do possível nascimento de Jesus é agosto. J. J. Benítez, autor da clássica saga Cavalo de Troia, comemora o Natal em agosto. Quem quiser se informar melhor a respeito, pode ler o livro Astronautas de Yaveh, do mesmo autor.

Mas isso não é tão importante. Importante, penso, é todas as pessoas terem o direito de saber que provavelmente Cristo não nasceu em dezembro. Pronto. Os motivos que levaram os antigos a elegerem da data do Natal tem algo a ver com a comemoração do solstício de inverno entre os romanos. É algo assim. Dito isto, penso que se todos tivessem direito à possibilidade da dúvida, cada qual poderia ir buscar os argumentos para formar seu convencimento. O direito à dúvida deveria ser encartado na Constituição como direito fundamental do brasileiro.

À parte isto, é Natal. Dezembro. Seis dias para o fim do ano. Francamente - Jesus que me perdoe - é muito legal a data que escolheram para comemorar o Natal. E, no fundo, no fundo, acho que Jesus nem liga muito para esse fato. Acho que as ocupações dele são outras!

Jesus Cristo é o maior de todos. Acredito sinceramente que ele é filho do Pai, e que desceu diretamente do sétimo céu para recolocar os seres humanos no trilho. Sua presença entre nós significou a descoberta do amor ao próximo e, mais do que tudo, da esperança.

Quem já teve a oportunidade de precisar de Cristo e de pedir sua ajuda verdadeira, com todas as forças da alma, sabe do que eu estou falando.

Que em 2.014, a mensagem Dele seja cada dia mais compreendida, longe dos interesses daqueles que lucram com a distorção dos Seus ensinamentos.

Feliz Natal a todos!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Ninfomaníaca, de Lars von Trier

Não sei onde foi que eu li que os 2.000 anos da era cristã acabaram muito mal, e que esse "vácuo" deixado pelas malditas religiões está sendo preenchido pelo sexo. Leia-se: pela pornografia.

Quando a arte deixa de imitar a vida e passa a incorporar os elementos da realidade na sua própria feitura, é sinal do fim dos tempos, ou seja, de que chegamos no limite do contemporâneo, e que uma mudança radical está para se operar.

A fruta já está amadurecida, a lagarta está pronta para virar borboleta.

O novo filme de Lars von Trier, "Ninfomaníaca", traz uma cena (ou mais) de sexo entre os atores. A coisa aconteceu de verdade. Quando eu soube disso, eu me fiz logo a seguinte pergunta: por que os atores têm que transar de verdade no set de filmagem, visto que não se trata de um filme pornográfico? Ou se trata? Ou a vida está tão medíocre que a arte não tem mais o que imitar, sugerir?

Vamos lá, vamos lá! Aonde o sexo quer nos levar?

Você, que agora me lê, é do tipo "sexo anal com manteiga em Último Tango em Paris", sexualidade onírica de Eva Green em The Dreamers, ninfoleptia de Lolita, ou virgindade pura e pagã de Liv Taylor em Beleza Roubada? Ou triângulo amoroso, esborrando sensualidade e beleza, em Vicky Cristina Barcelona?




Quando o artista suja a arte com o seu próprio objeto, é hora de mudar. Acho que Lars von Trier é o maior cineasta vivo, o único sujeito que faz vibrar em seus filmes a filosofia ácida e rebelde de um Nietzsche, por exemplo. Portanto, ele é o satélite cujo sinal a gente tem que prestar atenção. A situação inspira cuidados. Dá para ouvir os estertores do doente terminal.

Não vi o filme ainda, mas, pelo trailer, dá para sentir a sua potência. Uma antropofagia da cultura moderna, é o que me parece. O cinema é o deus das artes, pois o alimenta a literatura.




Germinal.