sexta-feira, 14 de setembro de 2012

É melhor ser gato ou ser cão?

Hoje de manhã, enquanto eu dirigia para o trabalho e folheava as rádios de ondas curtas da FM do meu som, parei na  estação Transamérica. Ia no ar um programa que me parece ser legal, às vezes eu o escuto. É uma espécie de bate-papo bem humorado entre os locutores, que são um homem e uma mulher, juntamente com os ouvintes, que ligam para a rádio para dar seus depoimentos, suas opiniões e suas vivências sobre o tema do dia. Vez por outra, vem um convidado ao programa. Hoje, havia um.

O convidado de hoje era o representante de um site de traição que está bombando por aqui. Isso mesmo. Um site para pessoas interessadas em cometer adultério. 

http://www.ashleymadison.com/

O slogan do site é bastante sugestivo e quase cruel: "A vida é curta. Curta um caso." São mais de 23 milhões de usuários anônimos (o anonimato é imprescindível) no mundo todo, sendo que no Brasil, eles já passam dos 800.000. Como diria um amigo meu, quem alivia cloaca de pato é lagoa.

Traição virou moda. Todo mundo quer saber de sexo.

Então, ontem, após a leitura do conto Gato Preto, de Edgar Allan Poe, cheguei à conclusão de que a diferença entre o cão e o gato é que o primeiro não espera a violência do ser humano, enquanto o segundo não duvida dela.

Os cães se surpreendem quando sofrem violência por parte dos humanos e os gatos, não. Em outras palavras, os cães confiam cegamente nos seres humanos, enquanto que os gatos, estes duvidam da nossa inocência a priori, a posteriori e ad infinitorum.

Eu tenho cá comigo que a traição é uma questão de cromossomo: há mulheres que carregam o gene da traição, assim como há homens que carregam o da cornidão. E vice-versa.

Compromisso?! Oh, não! Não me venha com essa conversa de cãozinho abandonado. Venha com a conversa molejante de um gato, que eu não quero complicações e melodramas.

Nesse sentido, eu me pergunto: num relacionamento, é melhor ser gato ou ser cão?




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