Beethoven:
Nona Sinfonia: http://www.youtube.com/watch?v=t3217H8JppI
Terceira Sinfonia: http://www.youtube.com/watch?v=M7VtK6AEwbY
Moonlight Sonata: http://www.youtube.com/watch?v=eFIe8xoS1jI
Vivaldi:
As Quatro Estações: http://www.youtube.com/watch?v=GRxofEmo3HA
Mozart:
http://www.youtube.com/results?search_query=mozart&oq=mozart&gs_l=youtube.3..35i39l2j0l8.38264.39203.0.40716.6.6.0.0.0.0.266.701.4j1j1.6.0...0.0...1ac.1.bs69qbX73IE
Brahms:
Lullaby: http://www.youtube.com/watch?v=t894eGoymio
Dança Húngara n. 5: http://www.youtube.com/watch?v=3X9LvC9WkkQ
Mahler:
Sinfonia n. 2: http://www.youtube.com/watch?v=d6idPaGqvV8
Wagner:
Tristão e Isolda - Prelúdio: http://www.youtube.com/watch?v=fktwPGCR7Yw
O Voo das Valquírias: http://www.youtube.com/watch?v=XRU1AJsXN1g
Tchaikovsky:
Valsa das Flores: http://www.youtube.com/watch?v=AxMlBNtXrVk
Danza Árabe: http://www.youtube.com/watch?v=n0_MR1nMhZw
domingo, 23 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
Top Five Provocações
Em homenagem à minha querida amiga Luanda Moura, que adora listas, segue uma lista minha: Top Five das entrevistas de Antônio Abujamra em Provocações:
1.: Rubem Alves: http://www.youtube.com/watch?v=261y2OZvp60 .
2.: Flávio Gikovate: http://www.youtube.com/watch?v=pIOd9Ab_xdU .
3.: Ariano Suassuna: http://www.youtube.com/watch?v=nGW46AH1sjM .
4.: Marcia Tiburi: http://www.youtube.com/watch?v=AZf-bq4IDa4 .
5.: Laerte: http://www.youtube.com/watch?v=QmEGgs5yWCE .
"Por que a água fervendo amolece a cenoura e endurece o ovo?
Por que a chuva cai em gotas e não de uma vez?"
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Estela na livraria
Eu estava no corredor de literatura brasileira da Livraria Saraiva - que não é bem uma livraria, é antes um mercado de livros - quando Estela entrou pela ampla porta de vidro. De onde eu me encontrava, pude vê-la entrar. Estava mais linda do que nunca. Lá fora, na cidade, fazia muito calor, mas dentro do shopping, fazia frio. A manhã estava bonita, só não estava mais bonita do que Estela. Todos os homens que se encontravam dentro da livraria olharam para ela quando ela entrou. Até o vendedor da sessão de literatura estrangeira, que sempre fora um sujeito discreto, lançou um olhar lúgubre em direção ao seu decote.
Para a minha sorte, Estela não notou a minha presença de imediato. É que eu cheirava as páginas de um Clarice Lispector quando a vi. Ainda bem que ela não me flagrou naquele momento, porque poderia achar que eu era doido ou coisa parecida. Não é todo mundo que tem mania de ficar cheirando livros em público, concordam? Assim como não é todo mundo que sabe que existem pessoas que escolhem livros pelo cheiro das suas páginas. Eu escolho. Talvez eu seja mesmo um pouco doido - mas eu não queria que Estela soubesse disso.
Eu estava com saudades dela. Nós tivemos um namoro breve, que terminara há poucos mais de dois meses. Eu a adorava, mas sofrera demais com as mulheres e, por causa disso, não tive coragem de assumir um namoro sério, apesar de ter me apaixonado de verdade.
Ela já estava folheando um livro quando eu terminei de pensar tudo isto e resolvi abordá-la. Cheguei pertinho e finalmente ela me viu. Ao ver-me, ruborizou-se, e eu também.
- Oi - eu disse.
- Oi - ela respondeu.
Tive desejo de beijá-la ali mesmo, na frente de todo o mundo, mesmo correndo o risco de ser apanhado por alguém. Se eu tivesse coragem de pedi-la em namoro, não precisaria ficar com vergonha nem com desejo reprimido de beijá-la, logo ela, que beija tão bem. Dei-lhe então um abraço apertado e um beijo quente na bochecha. De repente, uma ideia me ocorreu, como um raio de luz:
- Espera eu comprar um presente para você? - perguntei, mal contendo minha paixão secreta.
- Mas nem é o meu aniversário - respondeu ela, ainda envergonhada pela surpresa do encontro.
- Ué, quem disse que a gente só pode dar presente no dia do aniversário? Espera aqui que eu vou comprar e já volto.
Ela sorriu e disse que esperava, enquanto eu voei até a prateleira de literatura estrangeira e apanhei um livro de contos de Oscar Wilde - ah, Wilde, como você arde de paixão! Paguei pelo livro, pedi para embrulhar para presente e voltei para junto de Estela, que agora estava lendo outro livro. Tudo isso não levou mais do que dez minutos. Assim que notou minha presença de volta, ela parou o que estava fazendo e sorriu de novo.
- Aqui está - disse eu, entregando o presente.
- Posso abrir? - perguntou ela, pegando o livro nas mãos.
- Não - respondi, tocando a sua mão e puxando para perto de mim. - Deixa para abrir quando chegar em casa.
Em seguida, puxei-a bem para perto de mim, fitei bem fundo nos seus olhos e beijei-a com muito desejo. Ali, na livraria, pouco me importando com o risco de ser flagrado por algum conhecido. E não, não era apenas desejo - era mais, era paixão, era vontade de consumir a vida naquele beijo.
Foi assim que, depois do beijo, tomei coragem e a pedi em namoro.
sábado, 24 de novembro de 2012
Eu não tenho carro importado,
Não ganho rios de dinheiro. Sou mais como o Capibaribe, que já nasceu correndo, sem se lembrar de mais do resto.
Mas porém todavia, eu sou um sujeito de muito sucesso.
Porque eu olho para dentro de mim, e não engulo essa conversa de estrela: eu amo as estrelas, mas dentro do meu peito, eu meti mesmo foi um sol; um sol que fagulha do próprio Deus.
Quem pode dizer que se tem, que se sabe, que se questiona? Quem se suporta com uma lente de aumento?
"Há os que cosem para fora; eu coso para dentro."
Dinheiro, [dʒi.'ŋʷeɪ̯.ɾʷo], não pense que eu não lhe conheço. Não importa o que os outros digam: eu lhe conheço. Lobo mau, lobo mau...
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo."
terça-feira, 20 de novembro de 2012
A violência é iletrada
Sumérios e hebreus, no início da própria gênese do mundo moderno. Porque nomear é criar: o mundo existe quando se pensa nele. Nomeando, os escritores criam realidades, inventam fantasias e nos convidam a mudar.
No Brasil, todas as línguas se falam.
Deus tenha piedade dos monofalantes. E dos aristocratas, também.
"A violência é iletrada."
Jean-Paul Sartre.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Senhora
"Quando a riqueza veio surpreendê-la, a ela que não tinha mais com quem a partilhar, seu primeiro pensamento foi que era uma arma. Deus lhe enviava para dar combate a essa sociedade corrompida e vingar os sentimentos nobres escarnecidos pela turba dos agiotas.
Preparou-se pois para a luta, à qual talvez a impelisse principalmente a idéia do casamento que veio a realizar mais tarde. Quem sabe, se não era o aviltamento de Fernando Seixas que ela punia com o escárneo e a humilhação de todos os seus adoradores?"
Preparou-se pois para a luta, à qual talvez a impelisse principalmente a idéia do casamento que veio a realizar mais tarde. Quem sabe, se não era o aviltamento de Fernando Seixas que ela punia com o escárneo e a humilhação de todos os seus adoradores?"
Trechos de Senhora, romance de José de Alencar.
sábado, 20 de outubro de 2012
"E para fugir da solidão os homens se entregam de bom grado a relações confidenciais das quais em seguida se arrependem, mas que por certo tempo permitem-lhes ter a ilusão de que uma simples confidência já seria uma forma de amizade. Imagina-se - e meu pai ainda estava convencido disso - que a amizade é um serviço que se presta. Mas o amigo, assim como o apaixonado, não deve esperar uma recompensa para seus sentimentos. Não tem que exigir contrapartidas por seus serviços, não deve considerar que a pessoa eleita é uma criatura fantástica, deve conhecer seus defeitos e aceitá-la como é, com todas as consequências. Isso seria o ideal. E, de fato: será que vale a pena viver, ser homem, sem um ideal desses? E se um amigo nos decepciona porque não é um amigo de verdade, será que podemos acusá-lo, jogar-lhe na cara o seu caráter, a sua fraqueza? Quanto vale uma amizade que ambiciona ser premiada? Será que não temos o dever de aceitar o amigo infiel exatamente como o amigo fiel e cheio de abnegação? Será que não é talvez o conteúdo mais autêntico de toda relação humana, esse altruísmo que do outro nada exige e nada espera, absolutamente nada?"
(Sándor Márai - As Brasas)
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Amor
- Vamos, vamos, temos que nos apressar. Senão, esqueço a ideia e perderemos muitíssimo.
- Mas, espere, aquela menina está olhando para você.
- Eu percebi, mas ela é muito grande e meu pênis é pequeno.
- Seu pênis é pequeno? Você nunca me disse isso antes.
- Não é coisa que se saia dizendo por aí, sabe? Espero que você entenda.
- Claro, eu disse por dizer. Não estou aborrecida. Mas, espere, ela continua olhando para você.
- É que ela não sabe que eu tenho o pênis pequeno. Só quem sabe é você, porque eu lhe contei agorinha.
- É muito pequeno?
- Não é que seja pequeno, é pequeno para ela, que é grande, rica e muito bonita. Além disso, ela tem cara de que gosta e sabe fazer sexo.
- Mas ela continua olhando...
- Vamos, vamos, temos que ensaiar a peça.
- Vamos.
- Vamos, Andrucha, falo sério.
- Vamos.
Tic,
tac, tac
tic, tic,
tac.
- Vocês não têm nenhum respeito pela arte. Vocês são uns viados, uns merdas, e você é uma insolente, Andrucha, igualzinha a esses imbecis. Fiquem aí. Traidores!
- Oi.
- Oi. Desculpe, vou direto ao ponto: tenho cara de rico, sou ator e escrevo peças de teatro, mas tenho pau pequeno. Não vai dar certo.
(...)
....
....................
( )
8 ¨ ¨ ( )
- Espere. Minha cavidade vaginal é considerada pequena pelos ginecologistas.
( )
!!!!
( )
- Oh!
- Mas, espere, aquela menina está olhando para você.
- Eu percebi, mas ela é muito grande e meu pênis é pequeno.
- Seu pênis é pequeno? Você nunca me disse isso antes.
- Não é coisa que se saia dizendo por aí, sabe? Espero que você entenda.
- Claro, eu disse por dizer. Não estou aborrecida. Mas, espere, ela continua olhando para você.
- É que ela não sabe que eu tenho o pênis pequeno. Só quem sabe é você, porque eu lhe contei agorinha.
- É muito pequeno?
- Não é que seja pequeno, é pequeno para ela, que é grande, rica e muito bonita. Além disso, ela tem cara de que gosta e sabe fazer sexo.
- Mas ela continua olhando...
- Vamos, vamos, temos que ensaiar a peça.
- Vamos.
- Vamos, Andrucha, falo sério.
- Vamos.
Tic,
tac, tac
tic, tic,
tac.
- Vocês não têm nenhum respeito pela arte. Vocês são uns viados, uns merdas, e você é uma insolente, Andrucha, igualzinha a esses imbecis. Fiquem aí. Traidores!
Tic,
tic tac,
tic, tac,
tic, tac.
- Oi.
- Oi. Desculpe, vou direto ao ponto: tenho cara de rico, sou ator e escrevo peças de teatro, mas tenho pau pequeno. Não vai dar certo.
(...)
....
....................
( )
8 ¨ ¨ ( )
- Espere. Minha cavidade vaginal é considerada pequena pelos ginecologistas.
( )
!!!!
( )
- Oh!
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Escambo de Livros na Fundarpe!
Que ideia massa!
Espaço no Recife que incentiva a troca de livros começa a funcionar
Projeto da Secretaria de Cultura permite o escambo de obras de literatura. Serviço ocorre todos os dias no Espaço Pasárgada, no bairro da Boa Vista.
28/09/2012 14h54 - Atualizado em 28/09/2012 14h54
Do G1 PE
Já está valendo o projeto Escambo de livros. A partir desta sexta-feira (28), o Recife ganhou um espaço permanente de troca de livros de literatura, ou seja, quem tem uma obra esquecida na estante pode permutá-la por outra. O serviço, realizado pela Secretaria de Cultura de Pernambuco e Fundarpe, ocorre no Espaço Pasárgada, na Rua da União, 263, na Boa Vista, no Centro da cidade, sempre de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h.
Pela regra, não é permitida a troca de livros didáticos ou religiosos, apenas de literatura, e a permuta só vale com obras disponíveis no acervo. O escambo também acontecerá no hall da Fundarpe, que fica na Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista, nas últimas sextas-feiras do mês, das 8h às 12h e das 14h às 17h.
A partir do dia 5 de outubro, outro projeto começa a funcionar: o Livros Livres. A ação, iniciada no Festival de Inverno de Garanhuns deste ano, espelha-se no conceito de bookcrossing, ou seja, o ato de 'esquecer' livros em lugares públicos para que as pessoas que os encontrem possam lê-los e, eventualmente, deixá-los em outro lugar para que mais pessoas os levem. A primeira intervenção será no Parque da Jaqueira, na Zona Norte do Recife, que irá amanhecer com obras espalhadas por todo canto.
Com livros doados pelo Funcultura e pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) e devidamente etiquetados com um selo explicativo, a proposta é incentivar as pessoas a deixar livros em lugares públicos e transformar a cidade em uma grande biblioteca. A ação seguirá acontecendo sempre na primeira sexta-feira do mês, cada vez em um bairro diferente.
Ambos os projetos são realizados pela Coordenadoria de Literatura da Secretaria de Cultura. Outras informações pelo email literatura.secultpe@gmail.com ou telefone (81) 3184-3166 .
Fonte: http://www.pe.gov.br/blog/ .
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Eu só tenho uma revolta no meu coração.
Ela espezinha minhas manhãs, e é a mãe de todo o desconforto que agita a minha alma, impedindo-a de permanecer o lago plácido que tanto almeja ser.
Embora seja só uma, mas eu creio que ela seja suficiente para desalegrar o resto, como uma laranja podre que contamina todo o cesto.
É a escravidão. A escravidão que uns poucos homens condenam aos outros, à maioria.
Cumpre, ó Deus, passarmos então para o lado dos escravistas, tornando-nos escravistas-seniores e diminuindo um pouco a carga bruta que pesa sobre o nosso lombo? Ou cumpre lutar, lutar, lutar, lutar, por uma causa que parece perdida ainda no seu nascedouro?
Deus, ó Deus, onde estás, que tu te escondes?
É preciso ser Robespierre, santo e pobre, ou Danton, pagão e cliente?
Quem era verdadeiramente louco: Danton ou Robespierre? E por quem bate o meu coração?
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Todos os anos, pelo menos uma vez por ano, eu me ponho a reler O Pequeno Príncipe, o clássico imortal e atemporal de Antoine de Saint-Exupéry. Já virou uma espécie de tradição a leitura anual deste livro - parte de minha vida. Não seria exagero chamar de ritual. Mas há uma razão para tudo isto. Explico.
Imaginem por um instante que nós vivemos sozinhos num asteroide. Algo parecido com o B-612, o planetinha natal do Pequeno Príncipe. Somos duros, secos, áridos como um asteroide. Estamos fixos em alguma parte do Universo; só a lei da gravidade nos faz companhia; por longos períodos, nada se nos passa por perto. Mas - eis o milagre da vida -, um belo dia, um Pequeno Príncipe pousa sobre a nossa superfície. Já pensaram nisto? Sozinhos no universo estamos nós, à maneira dos asteroides, até que, um belo dia, um Pequeno Príncipe vem morar sobre nossa crosta endurecida pelos anos de solidão no espaço sideral.
Um Pequeno Príncipe pode aterrissar no nosso asteroide. A partir daí, o que era morte passa a ser vida. De asteroide, passamos a astros maiores e mais brilhantes: sois, cometas e estrelas!
Vejam que, no nosso asteroide, sob os cuidados do príncipe, nasce a flor, que é vaidosa e seduz; revolvem-se os pequeninos vulcões, sem os quais não se esquentam comida e café; e, principal de tudo, combatem-se os baobás...
Um Pequeno Príncipe pode aterrissar no nosso asteroide. A partir daí, o que era morte passa a ser vida. De asteroide, passamos a astros maiores e mais brilhantes: sois, cometas e estrelas!
Vejam que, no nosso asteroide, sob os cuidados do príncipe, nasce a flor, que é vaidosa e seduz; revolvem-se os pequeninos vulcões, sem os quais não se esquentam comida e café; e, principal de tudo, combatem-se os baobás...
Quantos baobás vão no nosso asteroide? Quantos cresceram sem que nós nos apercebêssemos deles? Quantos agora pesam sobre o nosso asteroide, dificultando nosso movimento no Universo? Quantos são, quantos?
Convém admitir que muitos baobás devem nascer na crosta terrestre do que nós somos. Suas raízes estão lá dentro, na derme do asteroide. Os baobás são árvores gigantescas, capazes de "engolir" um asteroide pequeno como é o nosso. Portanto, temos que ficar atentos a eles. Basta que ponham o rostinho para fora e "zapt!": num átimo de segundo, cumpre-nos cortá-los fora! Pela raiz! É preciso não ter pena dos baobás e cortá-los logo pela raiz.
Convém admitir que muitos baobás devem nascer na crosta terrestre do que nós somos. Suas raízes estão lá dentro, na derme do asteroide. Os baobás são árvores gigantescas, capazes de "engolir" um asteroide pequeno como é o nosso. Portanto, temos que ficar atentos a eles. Basta que ponham o rostinho para fora e "zapt!": num átimo de segundo, cumpre-nos cortá-los fora! Pela raiz! É preciso não ter pena dos baobás e cortá-los logo pela raiz.
Vaidade, inveja, avareza, luxúria - quantos baobás?
O Pequeno Príncipe exorciza nossos baobás. É como um tratamento para a alma, uma terapia intensiva para os problemas da nossa alma.
O Pequeno Príncipe exorciza nossos baobás. É como um tratamento para a alma, uma terapia intensiva para os problemas da nossa alma.
Eu choro muito quando leio O Pequeno Príncipe. Choro pelo carneirinho na caixa, choro pelo rei que não tem súditos, choro pelo homem-cogumelo, choro pela raposa, choro pelo trigal, choro pela rosa, e choro por tudo mais que vai no livro. Choro pelos diversos pores-do-sol que O Pequeno Príncipe se permite.
Mas choro principalmente pelos baobás. Porque os baobás são cruéis. Eles aleijam o nosso asteroide. E me admira bastante quando eu pergunto a alguém: "Você já leu O Pequeno Príncipe?", e a pessoa responde secamente que "Já", como se O Pequeno Príncipe fosse um livro que se lê e depois se aposenta na estante, relegado à prateleira dos livros de culinária, viagens e turismo, hipismo, esportes náuticos, etc. Ou, o que é pior, quando fica esquecido por entre os livros de Direito... Não, não! Apaguemos logo esta imagem do nosso cérebro. Não queremos fazer chorar o nosso pequeno amiguinho.
O Pequeno Príncipe deveria fazer parte do receituário dos médicos, contra as doenças do corpo; dos psicólogos, contra as doenças da alma; dos filósofos, contra as doenças do corpo, da mente e do espírito.
Porque há asteroides cujo adulto simplesmente não consegue compreender a linguagem das estrelas.
O Pequeno Príncipe deveria fazer parte do receituário dos médicos, contra as doenças do corpo; dos psicólogos, contra as doenças da alma; dos filósofos, contra as doenças do corpo, da mente e do espírito.
Porque há asteroides cujo adulto simplesmente não consegue compreender a linguagem das estrelas.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Humberto Costa, o cavalo paraguaio.
Humberto Costa... Cavalo paraguaio. Que estranha força leva este homem a ter tantos dessucessos nas eleições majoritárias? Seria sua voz, que lhe empresta um ar de fraqueza? Para quem não se lembra, seis anos atrás, Humberto concorria ao cargo de governador do Estado de Pernambuco e, a exemplo do que ocorreu este ano, partiu na disputa com larga vantagem sobre os seus concorrentes, que eram Mendonça Filho e Eduardo Campos. Resultado: não chegou nem ao segundo turno... Viu-se obrigado a assistir a vitória surpreendente do neto de Miguel Arraes, o qual, no início daquela campanha, não possuía sequer dez por cento das intenções dos eleitores e acabou vencendo Mendonça Filho no segundo turno!
Pobre Humberto.
O sucesso de Humberto nas eleições proporcionais infelizmente não se repete nas majoritárias. Para quem não sabe, chamam-se "proporcionais" as eleições para os cargos do legislativo (vereadores, deputados estaduais e federais e senadores [senador é majoritária]), enquanto que as eleições para os cargos do Executivo (prefeitos, governadores e presidente da República) são chamadas de majoritárias. Pois é, não me recordo uma derrota de Humberto para qualquer eleição proporcional. Vereador e deputado, o homem já levou tudo. Senador, também. Porém, quando se fala de Executivo... Parece que a sorte de Humberto se restringe a ser convocado para exercer os cargos de Secretário de Estado e Ministro de Estado.
Pobre Humberto.
Neste ano de 2012, tudo ficou ainda pior para a candidatura de Humberto Costa ao governo do Estado. Depois da lambança que o PT aprontou com João da Costa, o Recife parece ter insuflado um asco pelos petistas. Sinceramente, NINGUÉM mais suportava João da Costa à frente da prefeitura municipal. mas a maneira como o PT conduziu a retirada compulsória da sua candidatura à reeleição foi desonesta demais!
João da Costa foi certamente o pior prefeito da história dessa cidade (e olhe que Recife tem história). Um aborto político, um homem sem virtude, um goblin, um apêndice, um ponto fora, um nada.
Um aborto político, produzido no ventre do PT, tendo por pai e parteira o senhor João Paulo, que o indicou à sucessão, e hoje concorre a vice-prefeito na chapa "pura" do PT. Francamente, João Paulo tem culpa e muita na situação que Recife vive atualmente. Além de ter passado oito anos na prefeitura (2001-2009), sem resolver o caos urbano (trânsito, saneamento básico, verticalização desenfreada, etc.), ainda nos deixou esse péssimo legado chamado João da Costa.
Em minha curta trajetória de vida, não me recordo de um prefeito que tenha sido alvo de tanta aversão por parte do povo como João da Costa, ou João Vira as Costas, como ficou apelidado nas redes sociais. Mesmo assim, a forma como o PT conduziu a "retirada" de João da Costa da reeleição para prefeito, substituindo-o por Humberto Costa, não pegou bem. Foi escandaloso demais, foi sujo demais. A traição foi grande demais para quem estava assistindo.
Quando Bilbo Bolseiro (nem quero imaginar que você não saiba quem é ele, leitor) partiu na aventura de matar Smaug pela sua quota do tesouro que o dragão roubara a Thorin Escudo de Carvalho, juntamente com o mago Gandalf e os outros doze anões, não esperava outra coisa senão uma aventura. Lá sabia o pequeno hobbit de coisa nenhuma?! Lá tinha cobiça no coração?!
Não tinha. Na verdade, a cobiça só espezinhou o coraçãozinho do hobbit quando ele pôs os olhos no tesouro, por sobre o qual dormia o dragão. Naquele momento, Bilbo desejou a fortuna, e aparentemente trocaria sua vida por aquilo.
O presidente Lula foi um covarde ao trair o povo brasileiro. O Partido dos Trabalhadores não tinha o DIREITO de fazer o que fez: roubo, crimes, traições, MENSALÃO, etc. A estrela solitária do partido vermelho se apagou, e junto com ela, o último suspiro de quem acreditava que Lula e cia. limitada escreveriam novas páginas nos livros de história.
Eis agora Lula, na capa da Forbes, ostentando uma fortuna avaliada em dois bilhões de Reais. Mentira, dirão os petistas. Mas onde há fumaça, há fogo. E para a Forbes divulgar uma fortuna dessas... Digamos que o presidente possua apenas trinta por cento desse valor. São seiscentos milhões de Reais. Quantia inexplicável para um presidente da República obter em oito anos. Confere?
O PT vai se acabar. Vai ruir. A ponta do iceberg já está aparecendo. A partir de agora, é uma questão de tempo até que o partido se derreta, como uma calota polar. Na enxurrada que se seguirá ao derretimento, muita sujeira vai correr. Que Lula ponha suas barbas de molho, se puder. Porque, creio eu, do jeito que as coisas vão, em 2014, se vier se engraçar para Presidente da República (te cuida, Dilma), é capaz de levar um revés e sair da política, definitivamente, pela porta dos fundos.
E se eu bem conheço a maneira de pensar dos petistas, eles devem estar argumentando o seguinte: estamos sendo indenizados. Mensalão é indenização. Estamos jogando com as armas da democracia burguesa. Fomos oprimidos por muito tempo, temos que nos capitalizar para poder lutar de igual para igual com as velhas elites. Mensalão é indenização. Estamos jogando o jogo da democracia burguesa.
Creio que é assim que os petistas têm comprado a sua consciência.
Humberto é um bom sujeito, mas já perdeu. Prova disto é que Lula e Eduardo Campos já estão juntos em São Paulo, tentando a todo custo levar Haddad para o segundo turno. Espero que não obtenham êxito, espero que o PT sofra as consequências da traição que cometeu contra quem lutou nas suas fileiras por um ideal de sociedade mais justo.
Pobre Humberto. Se seu Partido tivesse honra, talvez vencesse as eleições. Só um milagre agora o salva. Milagres daqueles que a gente vê nos filmes: só neles é que os cavalos paraguaios arrancam no último minuto e vencem a corrida. Mas eu espero que isto não aconteça. O PT não merece vencer essas eleições.
João da Costa foi certamente o pior prefeito da história dessa cidade (e olhe que Recife tem história). Um aborto político, um homem sem virtude, um goblin, um apêndice, um ponto fora, um nada.
Um aborto político, produzido no ventre do PT, tendo por pai e parteira o senhor João Paulo, que o indicou à sucessão, e hoje concorre a vice-prefeito na chapa "pura" do PT. Francamente, João Paulo tem culpa e muita na situação que Recife vive atualmente. Além de ter passado oito anos na prefeitura (2001-2009), sem resolver o caos urbano (trânsito, saneamento básico, verticalização desenfreada, etc.), ainda nos deixou esse péssimo legado chamado João da Costa.
Em minha curta trajetória de vida, não me recordo de um prefeito que tenha sido alvo de tanta aversão por parte do povo como João da Costa, ou João Vira as Costas, como ficou apelidado nas redes sociais. Mesmo assim, a forma como o PT conduziu a "retirada" de João da Costa da reeleição para prefeito, substituindo-o por Humberto Costa, não pegou bem. Foi escandaloso demais, foi sujo demais. A traição foi grande demais para quem estava assistindo.
Quando Bilbo Bolseiro (nem quero imaginar que você não saiba quem é ele, leitor) partiu na aventura de matar Smaug pela sua quota do tesouro que o dragão roubara a Thorin Escudo de Carvalho, juntamente com o mago Gandalf e os outros doze anões, não esperava outra coisa senão uma aventura. Lá sabia o pequeno hobbit de coisa nenhuma?! Lá tinha cobiça no coração?!
Não tinha. Na verdade, a cobiça só espezinhou o coraçãozinho do hobbit quando ele pôs os olhos no tesouro, por sobre o qual dormia o dragão. Naquele momento, Bilbo desejou a fortuna, e aparentemente trocaria sua vida por aquilo.
O presidente Lula foi um covarde ao trair o povo brasileiro. O Partido dos Trabalhadores não tinha o DIREITO de fazer o que fez: roubo, crimes, traições, MENSALÃO, etc. A estrela solitária do partido vermelho se apagou, e junto com ela, o último suspiro de quem acreditava que Lula e cia. limitada escreveriam novas páginas nos livros de história.
Eis agora Lula, na capa da Forbes, ostentando uma fortuna avaliada em dois bilhões de Reais. Mentira, dirão os petistas. Mas onde há fumaça, há fogo. E para a Forbes divulgar uma fortuna dessas... Digamos que o presidente possua apenas trinta por cento desse valor. São seiscentos milhões de Reais. Quantia inexplicável para um presidente da República obter em oito anos. Confere?
O PT vai se acabar. Vai ruir. A ponta do iceberg já está aparecendo. A partir de agora, é uma questão de tempo até que o partido se derreta, como uma calota polar. Na enxurrada que se seguirá ao derretimento, muita sujeira vai correr. Que Lula ponha suas barbas de molho, se puder. Porque, creio eu, do jeito que as coisas vão, em 2014, se vier se engraçar para Presidente da República (te cuida, Dilma), é capaz de levar um revés e sair da política, definitivamente, pela porta dos fundos.
E se eu bem conheço a maneira de pensar dos petistas, eles devem estar argumentando o seguinte: estamos sendo indenizados. Mensalão é indenização. Estamos jogando com as armas da democracia burguesa. Fomos oprimidos por muito tempo, temos que nos capitalizar para poder lutar de igual para igual com as velhas elites. Mensalão é indenização. Estamos jogando o jogo da democracia burguesa.
Creio que é assim que os petistas têm comprado a sua consciência.
Humberto é um bom sujeito, mas já perdeu. Prova disto é que Lula e Eduardo Campos já estão juntos em São Paulo, tentando a todo custo levar Haddad para o segundo turno. Espero que não obtenham êxito, espero que o PT sofra as consequências da traição que cometeu contra quem lutou nas suas fileiras por um ideal de sociedade mais justo.
Pobre Humberto. Se seu Partido tivesse honra, talvez vencesse as eleições. Só um milagre agora o salva. Milagres daqueles que a gente vê nos filmes: só neles é que os cavalos paraguaios arrancam no último minuto e vencem a corrida. Mas eu espero que isto não aconteça. O PT não merece vencer essas eleições.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
De Geraldo Júlio: o bolo de mandioca.
No ano de 2007 - portanto a alguns semestres de me bacharelar no curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco, o que ocorreu em dezembro de 2008 -, eu e uma dezena de colegas formamos um grupo para disputar as eleições do Diretório Central dos Estudantes daquela universidade. Era uma época feliz da minha vida, talvez a mais efervescente em termos de atividade política que eu desenvolvi durante minha jornada universitária inteira. Naquele tempo, eu enfrentava polícia em protestos contra o aumento das passagens de ônibus (com direito a atirar bolas de gude na cavalaria, como se fazia na ditadura militar), participava de intermináveis debates políticos durante encontros de estudante e perambulava pelos bares do Recife Antigo (ou então no saudoso Empório Sertanejo), sempre em busca de me exercitar no processo dialético que eu acreditava ser capaz de conduzir à compreensão dos processos políticos que envolviam a nossa cidade.
Tempos felizes, repito, porque eu realmente acreditava na política como um caminho para a construção de uma sociedade mais justa.
Para quem não sabe, o Diretório Central dos Estudantes - ou DCE - é o órgão máximo de representação estudantil dentro de uma universidade. Enquanto os DAs representam individualmente cada curso (Direito, Jornalismo, Engenharia, Letras, etc.), o DCE representa a todos. Grosso modo, é como se os DAs fossem as Prefeituras e o DCE, o Governo do Estado.
Pois bem, as forças que me levaram a ser indicado para o cargo de presidente da nossa chapa me são um tanto alheias, até hoje. Saibam: uma série de fatores levam um sujeito a ser escolhido para encabeçar qualquer chapa para qualquer órgão (político ou não) de qualquer lugar do planeta. Há um jogo de interesses nisso, que quase nunca fica esclarecido entre os envolvidos no processo. Às vezes, o processo de indicação é natural, pelas qualidades do sujeito; às vezes, é imposto por um membro ou grupo de membros que têm mais força política dentro do grupo; às vezes, é auto-imposto pelo candidato; e às vezes, depende de uma extensa e habilidosa trança de negociações políticas.
Se a indicação do meu nome foi boa ou foi ruim, isto está além do meu julgamento. Pesava sobre mim a pecha de "direitista". O fato é que, no final das contas, perdemos, graças ao poder da outra chapa, que contava com o apoio do PT e do PCdoB. Em resumo, quem saiu ganhando foi o PT. Impressionado, descobri mais tarde que havia membros do PT não só na outra chapa (declarados), mas na nossa também (velados), o que me levou à insofismável conclusão de que o grande vitorioso naquela disputa estudantil, - quando sonhos estavam em jogo - foi o Partido dos Trabalhadores, o Partido que nunca dorme.
Fazendo uma ponte com a candidatura de Geraldo Júlio (PSB) às eleições municipais do Recife, acredito que sua indicação seja fruto da decisão da alta cúpula do PSB, partido que o governador Eduardo Campos controla em Pernambuco. E acho que a indicação foi coisa de última hora. Geraldo Júlio é um candidato de última hora, forjado às pressas no ferreiro, como uma espada de urgência para o governador, que esbanja poder na atual conjuntura da política em Pernambuco, poder empunhar.
Geraldo Júlio é uma espécie de bolo de mandioca: receita simples e rápida, colocado de última hora no forno para servir os convidados que decidiram fazer uma visita de última hora. No caso, o anfitrião é o governador, os convidados somos nós, o povo recifense, a cozinha são as dependências do PSB e a cozinheira... Bem, digamos que a cozinheira seja uma extensão dos tentáculos do nosso impossível governador, que parece ser o tipo de homem que bate o escanteio e sobe para cabecear, ou, como eu dizia acima, prepara a receita e ainda bota o bolo para cozinhar.
E o fermento é a imprensa, logicamente.
Está muito claro que Geraldo Júlio, por ser o candidato do governador, agrada. O governador está em alta. Some-se a isto o fato de Geraldo ser servidor público ocupante de cargo de provimento efetivo, ou seja, um "quadro técnico", coisa que agrada bastante à classe média e à juventude. Por isso, sempre que você ouvir alguém dizendo que Geraldo Júlio é um candidato-poste ou que ele só tem o mesmo discurso, saiba que isto é fruto do seu desconhecimento dos problemas da cidade do Recife. Quer dizer, Geraldo tem uma equipe por detrás dele, ensinando-o a se comportar como candidato favorito à vitória, então ele se vê obrigado a reproduzir certos discursos, por não ter o total conhecimento dos temas que englobam a administração de uma metrópole como é o Recife.
Aconteceu exatamente o mesmo comigo (guardadas as proporções) durante aquela eleição para o DCE. Eu sabia "alguma coisa", mas não tudo. Então, muita coisa me foi "ensinada" de última hora, para que eu tivesse condições de pelo menos duelas com meus concorrentes e debater sobre todos os temas polêmicos que cercavam o movimento estudantil na época.
O problema é que, lutar espada com samurai é meio complicado. E Geraldo Júlio está definitivamente entre samurais. Vamos ver se terá forças para ir até o final, ou sucumbirá à frieza e ao calculismo dos samurais que estão tentando o derrubar. Afinal de contas, o recifense sempre gostou de estar do lado do mais forte. No íntimo, esta cidade ainda gosta dos déspotas. Gosta de admirar os sujeitos que revestem sua aura com o brilho do poder quase absonito. Por isso, está se curvando à vontade do governador, que dardeja do Olimpo do Palácio do Campo das Princesas.
O medo que o governador inspira e a atmosfera semidivina que ele próprio criou ao seu redor é o grande trunfo de Geraldo Júlio para derrotar seu maior rival dessas eleições, o senador Humberto Costa. Ou seria o deputado Daniel Coelho?
Se a indicação do meu nome foi boa ou foi ruim, isto está além do meu julgamento. Pesava sobre mim a pecha de "direitista". O fato é que, no final das contas, perdemos, graças ao poder da outra chapa, que contava com o apoio do PT e do PCdoB. Em resumo, quem saiu ganhando foi o PT. Impressionado, descobri mais tarde que havia membros do PT não só na outra chapa (declarados), mas na nossa também (velados), o que me levou à insofismável conclusão de que o grande vitorioso naquela disputa estudantil, - quando sonhos estavam em jogo - foi o Partido dos Trabalhadores, o Partido que nunca dorme.
Fazendo uma ponte com a candidatura de Geraldo Júlio (PSB) às eleições municipais do Recife, acredito que sua indicação seja fruto da decisão da alta cúpula do PSB, partido que o governador Eduardo Campos controla em Pernambuco. E acho que a indicação foi coisa de última hora. Geraldo Júlio é um candidato de última hora, forjado às pressas no ferreiro, como uma espada de urgência para o governador, que esbanja poder na atual conjuntura da política em Pernambuco, poder empunhar.
Geraldo Júlio é uma espécie de bolo de mandioca: receita simples e rápida, colocado de última hora no forno para servir os convidados que decidiram fazer uma visita de última hora. No caso, o anfitrião é o governador, os convidados somos nós, o povo recifense, a cozinha são as dependências do PSB e a cozinheira... Bem, digamos que a cozinheira seja uma extensão dos tentáculos do nosso impossível governador, que parece ser o tipo de homem que bate o escanteio e sobe para cabecear, ou, como eu dizia acima, prepara a receita e ainda bota o bolo para cozinhar.
E o fermento é a imprensa, logicamente.
Está muito claro que Geraldo Júlio, por ser o candidato do governador, agrada. O governador está em alta. Some-se a isto o fato de Geraldo ser servidor público ocupante de cargo de provimento efetivo, ou seja, um "quadro técnico", coisa que agrada bastante à classe média e à juventude. Por isso, sempre que você ouvir alguém dizendo que Geraldo Júlio é um candidato-poste ou que ele só tem o mesmo discurso, saiba que isto é fruto do seu desconhecimento dos problemas da cidade do Recife. Quer dizer, Geraldo tem uma equipe por detrás dele, ensinando-o a se comportar como candidato favorito à vitória, então ele se vê obrigado a reproduzir certos discursos, por não ter o total conhecimento dos temas que englobam a administração de uma metrópole como é o Recife.
Aconteceu exatamente o mesmo comigo (guardadas as proporções) durante aquela eleição para o DCE. Eu sabia "alguma coisa", mas não tudo. Então, muita coisa me foi "ensinada" de última hora, para que eu tivesse condições de pelo menos duelas com meus concorrentes e debater sobre todos os temas polêmicos que cercavam o movimento estudantil na época.
O problema é que, lutar espada com samurai é meio complicado. E Geraldo Júlio está definitivamente entre samurais. Vamos ver se terá forças para ir até o final, ou sucumbirá à frieza e ao calculismo dos samurais que estão tentando o derrubar. Afinal de contas, o recifense sempre gostou de estar do lado do mais forte. No íntimo, esta cidade ainda gosta dos déspotas. Gosta de admirar os sujeitos que revestem sua aura com o brilho do poder quase absonito. Por isso, está se curvando à vontade do governador, que dardeja do Olimpo do Palácio do Campo das Princesas.
O medo que o governador inspira e a atmosfera semidivina que ele próprio criou ao seu redor é o grande trunfo de Geraldo Júlio para derrotar seu maior rival dessas eleições, o senador Humberto Costa. Ou seria o deputado Daniel Coelho?
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
É melhor ser gato ou ser cão?
Hoje de manhã, enquanto eu dirigia para o trabalho e folheava as rádios de ondas curtas da FM do meu som, parei na estação Transamérica. Ia no ar um programa que me parece ser legal, às vezes eu o escuto. É uma espécie de bate-papo bem humorado entre os locutores, que são um homem e uma mulher, juntamente com os ouvintes, que ligam para a rádio para dar seus depoimentos, suas opiniões e suas vivências sobre o tema do dia. Vez por outra, vem um convidado ao programa. Hoje, havia um.
O convidado de hoje era o representante de um site de traição que está bombando por aqui. Isso mesmo. Um site para pessoas interessadas em cometer adultério.
http://www.ashleymadison.com/
O slogan do site é bastante sugestivo e quase cruel: "A vida é curta. Curta um caso." São mais de 23 milhões de usuários anônimos (o anonimato é imprescindível) no mundo todo, sendo que no Brasil, eles já passam dos 800.000. Como diria um amigo meu, quem alivia cloaca de pato é lagoa.
Traição virou moda. Todo mundo quer saber de sexo.
Então, ontem, após a leitura do conto Gato Preto, de Edgar Allan Poe, cheguei à conclusão de que a diferença entre o cão e o gato é que o primeiro não espera a violência do ser humano, enquanto o segundo não duvida dela.
Os cães se surpreendem quando sofrem violência por parte dos humanos e os gatos, não. Em outras palavras, os cães confiam cegamente nos seres humanos, enquanto que os gatos, estes duvidam da nossa inocência a priori, a posteriori e ad infinitorum.
Eu tenho cá comigo que a traição é uma questão de cromossomo: há mulheres que carregam o gene da traição, assim como há homens que carregam o da cornidão. E vice-versa.
Compromisso?! Oh, não! Não me venha com essa conversa de cãozinho abandonado. Venha com a conversa molejante de um gato, que eu não quero complicações e melodramas.
Nesse sentido, eu me pergunto: num relacionamento, é melhor ser gato ou ser cão?
Os cães se surpreendem quando sofrem violência por parte dos humanos e os gatos, não. Em outras palavras, os cães confiam cegamente nos seres humanos, enquanto que os gatos, estes duvidam da nossa inocência a priori, a posteriori e ad infinitorum.
Eu tenho cá comigo que a traição é uma questão de cromossomo: há mulheres que carregam o gene da traição, assim como há homens que carregam o da cornidão. E vice-versa.
Compromisso?! Oh, não! Não me venha com essa conversa de cãozinho abandonado. Venha com a conversa molejante de um gato, que eu não quero complicações e melodramas.
Nesse sentido, eu me pergunto: num relacionamento, é melhor ser gato ou ser cão?
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
- Vamos fumar um cigarro?
- Dá tempo não. Duda já tá no posto me esperando. Se quiser, tá aqui, vá fumar sozinho, na moral.
- Não. Presta não.
- Vá, brother.
- Presta não, meu irmão, vou acender essa desgraça como? Com o dedo, é?
- Tome o isqueiro, meu irmão.
- Quero não, meu velho. Fumar sozinho é ruim demais. Só presta fumar acompanhado.
- Rraaai!!!
Quem fuma, diz que tem três cigarros que são o pipoco:
1. Depois de fazer amor.
2. No banheiro.
3. Depois de comer.
Quem fuma, diz que tem três cigarros que são o pipoco:
1. Depois de fazer amor.
2. No banheiro.
3. Depois de comer.
xxx
- "Não esqueça a escova, o sabonete e o violãuuumm."
- Por que você gosta dessas frescuras, brother? Você não podia ser punk & rock, não?
- Já fui!
Canta Offspring e simula a gitarra.
- Você é escatológico, tá ligado?
- I o quê?
- Escatológico.
- Você é muito afrangalhado, brother.
- Mas você é escatológico.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Maximilien Marie Isidore de Robespierre - ou simplesmente Robespierre - entrou para a história como o líder sanguinário da Revolução Francesa.
Quero dizer aos amigos, antes de tudo, que Robespierre foi contra a pena de morte, quando ela foi votada durante a Assembleia Nacional de Paris. Derrotado, o líder dos jacobinos dirigiu toda a sua energia para tentar convencer seus pares a pelo menos adotarem a guilhotina, em substituição aos antigos métodos que prevaleciam há séculos, como, por exemplo, amarrar os quatro membros do condenado a quatro cavalos e mandar que eles andassem em direções opostas, mutilando, assim, o criminoso. Conseguiu.
Não vou negar, porém, que Robespierre se valeu largamente do uso da guilhotina mais tarde. Não sou idiota. Pelo menos, é o que dizem os documentos, juntamente com os inimigos do nosso personagem.
Para Robespierre, a imputação da morte era injustificável, a não ser que houvesse uma causa maior que a justificasse. Há quem concorde com essa postura, e há quem discorde. Difícil é encontrar quem não concorde nem discorde.
Robespierre nasceu e morreu sem riqueza; advogado, promotor público e deputado, gozou do poder quase absoluto durante boa parte da Revolução Francesa. Poderia ter acumulado cargos e riquezas sem fim, como fazem a maioria dos "revolucionários". Mas, não. Mesmo quando chegou ao topo do poder, manteve-se fiel aos seus princípios e não traiu os ideais que sempre defendeu nas tribunas da Assembleia. Vejo glória nisto, peço licença a vocês para tanto.
E isto porque era vacilante, mirrado, hesitante e de feições felinas. Mesmo assim, chegou ao topo. Se tivesse a oratória de um Mirabeau... Quem sabe onde teria ido parar?
"Robespieristas e antirrobespieristas: afinal de contas, nos digam quem foi Robespierre", foi a frase que entrou para a história; porque, para os inimigos, tratava-se de um sujeito sem caráter, invejoso, oportunista e cruel; para os amigos, todavia, um ser-humano amável, virtuoso, simples e obediente a princípios valorosos.
Entretanto, apesar desta discórdia inconciliável, amigos e inimigos reconheciam em Robespierre uma qualidade que marcou para sempre o busto do francês de Arras: a incorruptibilidade.
Robespierre: O Incorruptível.
Proveniente do que se pode chamar de classe média francesa, abandonado pelo pai ainda criança, já então órfão da mãe, que se casara grávida, o filho mais ilustre da província de Artois galgou todos os degraus do movimento social mais efusivo dos últimos dois mil anos. Mesmo assim, manteve-se eternamente pobre (mal tinha o de vestir e o de comer), reservou-se da luxúria, abdicou do poder e rejeitou as benesses da burocracia do Estado francês da sua época. Defendeu bandeiras como "o povo", a imortalidade da alma, a existência do criador e, é claro, a igualdade, a liberdade e a fraternidade.
E é por isso que eu digo: só a classe média produz revoluções e revolucionários. Nela, deve mesmo residir a esperança dos revolucionários. Faz todo sentido. E nem precisa ler O Capital e O Manifesto do Partido Comunista para chegar a esta conclusão. Basta conhecer o espírito da classe média, especialmente os conflitos que permeiam os ocupantes desta classe. É mais ou menos como se arrepiar ao ouvir a Internacional. É por aí.
Embora, é claro, eu não acredite mais em revoluções, posto que o mundo bem melhor vai ser construído sobre novas bases. Nada de reformas, nem de revoluções. Novas bases. Novo tudo.
domingo, 9 de setembro de 2012
Poucos relativos carregam, dentro de si, uma boa dose de verdade, neste plano.
Porém, há um relativo que (parece-me) carrega verdade cristalinamente solar demais ao nível do nosso amado planetinha. Tanto, que já virou clichê.
E como eu adoro clichês, do tipo "amo você", vou repetir esta verdade, este clichê, da maneira como o vejo e sinto: nada no universo é por acaso, e há pessoas que entram na nossa vida, enviadas diretamente pelo próprio Deus para nos encontrarem neste mundo e acionarem a força criativa que reside dentro de nós.
A esta coisa linda, absoluta, infinita e irrestrita, eu chamo de amizade.
E não sou o primeiro nem o último a chamar assim.
"Se você disser que vem às quatro, a partir das três, começarei a ser feliz."
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Do retrato de um homem à beira da noite
As mulheres esperam que os homens sejam apenas homens; isto pode parecer uma conclusão banal, e se pareceu, ou você é uma mulher, ou você é um homem de verdade. Aliás, minto, permitam que eu corrija: esta conclusão jamais parecerá banal a uma mulher. Se a mulher fosse uma concha, a pérola seria exatamente esta conclusão a que acabo de chegar. Desejar que os homens sejam apenas homens abarca o arquétipo central do desejo de todas nós. Portanto, o mundo se divide em duas metades: de um lado, os homens que sabem o que as mulheres querem (estes são os que sabem amar) e, do outro, os homens que não sabem o que as mulheres esperam deles (estes são os que não sabem amar).
E há os casos mais graves, que são aqueles que acham que as mulheres não esperam nem deveriam esperar nada deles...
Se você não é um homem de verdade, você teme as mulheres e ponto. Você não é digno delas, do amor delas. Amar é um dom, e só os homens de verdade sabem amar. Requer prática e entrega. O amor, para um homem de verdade, acontece naturalmente, como o ciclo das marés. Ninguém precisa dizer ao mar: “está na hora de você recuar.” Nem tampouco: “agora é hora de avançar sobre a areia.” Não! – o mar sabe o seu dever. Ele simplesmente sabe, porque está dentro dele o conhecimento das marés. O mar sabe ir e vir, ir e vir, ir e vir... E rola sobre as conchas, acarinhando-as. E escorre sobre a areia e sobre as estrelas-do-mar... Ele simplesmente sabe o que fazer.
Que vem a ser um homem de verdade? - perguntará alguém. A resposta é simples: o homem de verdade é aquele que ama e respeita. Um homem de verdade tem vigor e este vigor decorre do seu princípio ativo de arrebentar fortalezas, manifestando-se na forma do amor por uma mulher. Sem melodramas, sem afetações. Vem, pega, beija, atira fora nossas roupas e sussurra baixinho no nosso ouvido as palavras certas, enquanto as mãos percorrem com delicadeza e lascívia todas as partes do nosso corpo. Tudo isto, enquanto nos ama. Depois, dorme. E nós... Dançamos no jardim das borboletas.
Assim é o homem de verdade. Assim ama o homem de verdade.
Quantos aos outros... Estes ignoram toda a verdade. A verdade de que o amor de uma mulher é uma ramificação do amor divino. E ignorando esta verdade, ignoram a nós, as mulheres. E nos tratam com indiferença. E então, das duas, uma: ou serão condenados ao exílio do amor (da própria felicidade!) ou então, serão traídos.
Ah, seus covardes, seus indignos, nós vamos lhe trair. Porque é inevitável, é lei eterna: será traído todo homem que tratar com indiferença a sua mulher.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Meu amor, minha luz, minha vida.
E eu que achei que tudo estava perdido e que a felicidade tinha abandonado esta alma para sempre.
Eu; que achava que minha alma havia embarcado antes do corpo para o Hades pelas mãos do Caronte.
Eu; o sem-moeda.
Eu; que achava que minha alma estivesse acorrentada no Tártaro.
Eu; o sem-correntes.
Eis que tu me pegas, como mãe e como esposa, como amante e como filha, como mãe do universo, e me acalentas dessa maneira:
- Vem, bebe do meu seio. Eis a vida que volta correr, como um rio, por tuas veias ressecadas.
Eu te respondo:
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Pergunte a Rousseau.
Duas coisas:
Primeira coisa: estão felizes por terem "cagado" a po%$#ra do Facebook de vez?
O Facebook é um atentado às relações humanas; as pessoas fizeram dele em troço depravado e indecente. Ele é o fim da linha. Ele se transformou numa selva de lixo cibernético e nós, em macacos informatizados, daqueles que atiram cocô nos turistas do zoológico. Ele se tornou um vaso sanitário internético.
Estou exagerando? Então Mark Zuckerberg também. Sim, porque ele foi o primeiro a dizer isto, e, não satisfeito em se lamentar em público (principalmente contra os brasileiros), vendeu quase todas as ações do Facebook. Só manteve o suficiente para continuar como gestor.
O Facebook está para Mark Zuckerberg assim como o avião está para Santos Dumont.
Segunda coisa: Lewandowski é a casa do cacete. Antes de ficar compartilhando que tem vergonha de ser brasileiro porque ele absolveu os mensaleiros, você deveria fazer uma autocrítica e se questionar a respeito de que talvez VOCÊ seja o ÚNICO responsável pela existência de todos os Lewandowskis que assolam esse país aqui.
O que você faz de útil para mudar a situação? Militou no movimento estudantil? Milita em algum movimento? Sabe o que significa o verbo militar? Classifica todos os filósofos como barbudos prolixos, mas nunca leu merda nenhuma deles? Conhece alguma coisa dos movimentos de base do seu país? Qual critério você utiliza para escolher seus candidatos? Tem certeza que não vai votar naquele vereador gente fina que dá cerveja no comitê? Nem no prefeito que vai descolar um cargozinho para a sua mãe, caso seja eleito?
Fala aqui no meu ouvido, fala.
Fala com o Batman, fala.
Vai pegar um avião e ir até Brasília, protestar na frente do STF? Quem sabe ao menos um telefonema, para desabafar com a assessoria de lá? Ou ao menos um e-mail? Ah, esqueci, você já está fazendo a sua parte; está compartilhando a foto do ministro, junto com a frase Luto Moral no Facebook. Quando chegar a 1.000.000 de "Compartilhar" aí... Aí... Aí, o quê, meu/minha amigo(a)? Vai dar em quê, vai acontecer o quê quando derem 1.000.000 de "Compartilhar"?
Em nada, colega. Vai mudar nada.
Você acha que outra parelha de Rousseau salvaria o nosso país? Não sonha com ele? Leu alguma coisa sobre a revolução americana? Ah, você lê a Veja e a Carta Capital, para "equilibrar" sua visão de mundo.... Mas alguma coisa de Hobbes, Platão, Marquês de Sade, Tocqueville e Nietzsche, você já leu? Não, né? Coisa de gente doida, frustrada, reprimida, "lisa" e pseudo-intelectual, né isso?
E nem vem com esse papinho de que não se envolve com política porque é tudo sujo. Se tá tudo sujo, pega o esfregão e a água sanitária, que para todo Mal, tem um Bem.
É isso...
É Lewandowski e Facebook para você, querido(a) amigo(a).
Sabe o que você faz? Sabe mesmo? Sai do Facebook, colega. Segura sua onda, engole sua carência, para de ser criança e começa a lutar por um mundo verdadeiramente melhor.
A bola tá com você. E aí? Vamos para o Norte, Sul, Leste ou Oeste? Enquanto você não tomar uma decisão e agir, o Lewandowski vai estar sorrindo e você, tomando você sabe exatamente o quê e onde.
Existe um Contrato vigente. Se os contratantes não exigem o cumprimento das cláusulas, os contratados agradecem.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Hoje, quando acordei, praguejei contra a hora e contra o cansaço. O sol ainda era novo no horizonte, quase há pouco é que haviam-se aberto as cortinas do céu para ele. Depois da maledicência, voltei atrás em pensamento. Vivo, o melhor tudo. Vivo.
Reclamar é clamar duas vezes, já disse o filósofo.
Assim como disse Sócrates: "Aconselho que se case.Se o faz será um homem feliz, se não o faz será filósofo."
Relacionamento é coisa difícil, ainda mais sem filosofia.
Quando é que nós haveremos de engolir filosofia e transpirá-la por todos os poros do nosso corpo, como os quadrúpedes que gastam fortunas com as prostitutas mais belas e mais dissimuladas da cidade? E quando é que as pessoas vão deixar de querer enganar as outras, ou disso tirar prazer, e ao contrário, ensiná-las a crescerem e se tornarem maior em tamanho?
A serem, cada dia mais, eles mesmos. Conhecer-se a si mesmo. E através de quem se ama, e a quem ama. Sem esquecer de tudo de amargo que vive em nós mesmo, por força de nada além da ignorância?
Sem hipocrisias. Seria possível?
Adorando tudo, e tudo transformando em poesia. Arriscando. Inovando. Lançando o gênio em cada recôndito da alma dos espectadores da vida.
Porque há os que tombam e há os que não tombam. Os sobre cujos ombros o próprio Deus depositou a responsabilidade de transmudar a realidade numa coisa qualquer de delicioso e contá-las aos homens.
Adorando tudo, e tudo transformando em poesia. Arriscando. Inovando. Lançando o gênio em cada recôndito da alma dos espectadores da vida.
Porque há os que tombam e há os que não tombam. Os sobre cujos ombros o próprio Deus depositou a responsabilidade de transmudar a realidade numa coisa qualquer de delicioso e contá-las aos homens.
Nelson, um forte abraço!
domingo, 19 de agosto de 2012
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Jorge se acordou com uma sensação de febre revoltada. O corpo era uma brasa. Pensou que estivesse doente e levou as costas da mão direita ao pescoço, a fim de medir a temperatura. Estava normal. Sentou-se na cama, semi-acordado, e sentiu o medo correndo pelas suas veias. O coração estava aos pulos. De repente, um calafrio lhe pegou pela base das costas e foi subindo até a nuca. Jorge tremeu de frio. Desligou o ar-condicionado. Frio e calor. Atirou no chão a colcha que o envolvia e deu um salto da cama.
Já de pé, contemplou o mundo ao seu redor. Livros sobre a estante, alguns cigarros apagados no cinzeiro de vidro, um copo sujo por cima do laptop e algumas roupas displicentemente pousadas sobre a televisão.
Jorge tocou o pescoço mais uma vez, a fim de conferir a temperatura. Normal. Os calafrios também cessaram. Apenas o corpo ainda formigava. E a garganta ia um pouco ressecada.
- Êh, Jorge - gritou alguém de lá -, parece que o medo te apanhou durante a noite.
x
Jorge suspirou pesadamente e deixou-se cair na cama outra vez; antes, porém, acendeu uma vela e pediu a Deus que lhe arrancasse aquele medo que ia no seu coração. Depois, voltou a se deitar, e de volta à companhia de anjos e serafins, esqueceu-se de todo o pesadelo e caminhou levemente para dentro do seu sono.
E tudo isto aconteceu lá naquela nuvem, onde os anjos nos recebem quando nós estamos sonhando. E foi lá que eu lhe dei um abraço. E foi lá que eu me encontrei com ele e lhe disse assim: "Jorge, deixa da tua frescura".
domingo, 12 de agosto de 2012
I look at all that lonely people
Essa semana, Caetano Veloso fez aniversário. Completou setenta anos de idade. Cada dia mais bonito - ou menos feio, como prefiram. Porque se existe um homem a quem a velhice fez e ainda continua fazendo bem, pelo menos do ponto de vista estético, este homem é Caetano Veloso. Vejam:
Caetano Veloso, jovem. Feio. Ou obtuso, como ele mesmo diria.
Caetano Veloso, velho. Menos feio, mas não menos obtuso.
Faz muito tempo desde a primeira vez em que eu pus o primeiro CD de Caetano Veloso para tocar no micro sistem Sony preto que eu tinha no meu quarto. Eu era um menino de treze anos, mas me lembro muito bem de quando fui até o armário da sala e peguei "As vinte melhores de Caetano Veloso" para ouvir.
Você é linda foi o início de uma relação artística que se prolongaria por muitos anos. Evidentemente, meus amigos me perturbavam muito porque eu ouvia Caetano Veloso. Sempre que entravam no meu quarto e eu estava ouvindo, era de tirar meu couro. Os delicados adjetivos que passaram a me dirigir, a partir de então, variavam de bicha a romântico, e passaram a tirar o meu sossego no colégio. Davam-me tapas na cabeça e cantarolavam versos que tinham memorizado de tanto me verem ouvi-lo. E, é claro, sempre buscavam me embaraçar diante das moças. Mas o que eles não sabiam é que meu sucesso (???) diante das meninas se devia, em grande parte, à sensibilidade de escutar Caetano Veloso quando quase todo o mundo só ouvia forró, rock, e aquelas músicas de axé que infestavam o país na nossa adolescência.
Caetano rapidamente se tornou um símbolo para mim e eu, um símbolo dele para a escola. "Lá vai o menino que escuta Caetano" ou "não fala mal do Caetano na frente dele" se tornou muito comum de se ouvir. Eu realmente amava o cara. Mas tive que ocultar essa quase dependência que se formou com a arte dele. Me tornei então uma espécia de beduíno clandestino, um traficante solitário da Música Popular Brasileira, um refugiado das ilhas de que fala Drummond em seu Mundo Grande.
Mas meu destino já estava selado. Tal qual o motorista que freia o carro a 100 metros do abismo e não consegue evitar a queda de ambos, estava escrito que o meu encontro com a música daquele baiano esquisito marcaria definitivamente o meu ideal artístico e nortearia a compreensão nem sempre fácil de como o mundo é e de como os sentimentos funcionam no nosso aparelho humano. Caetano passou a ser a sublimação das horas vazias da minha adolescência e abriu as portas para a música popular brasileira para mim. Depois dele, vieram Chico Buarque, Djavan, Maria Bethânia (sua irmã), Gilberto Gil, Tom Zé, Tom Jobim, Jards Macalé, Orlando Silva, Vinícius de Moraes, a velha guarda do samba, Nara Leão, Elisete Cardoso, Jorge Ben, Raul Seixas, entre outros. E, é claro, o seu mestre maior, e talvez meu também; o grande arquiteto da Bossa Nova, o obtuso-rei, o chato de galochas, o caramujo, o desafinado: João Gilberto.
Mas foi ele o astro que desencadeou em mim o processo; foi ele quem colocou as primeiras pedras e pavimentou o caminho para os meus primeiros passos na humilde caminhada pela música e pela literatura e pela arte de um modo geral.
Foi Caetano Veloso.
Foi ele também quem embalou meus romances, pelo menos os mais significativos. Alguns mais, outro menos. Vejamos se não é verdade:
Você é linda, com M. Um relacionamento tão bonito, cheio do platonismo caetânico tão particular de mim, que não se concretiza porque é tão bonito e tão perfeito que se nega à mácula inevitável dos cinco sentidos.
Leãozinho, com A. E mesmo apesar de tudo, eu nunca deixei de ouvi-la, embora já não tenha mais o leãozinho que ganhara de presente e que causou frenesi na turma inteira. E ainda existem a música, o cantor e... Isso é muito evocativo.
Queixa e O Quereres, com C. Toda a sensualidade daquele pequeno milagre em forma de mulher se condensaram nessas duas músicas eróticas de Caetano.
Rapte-me Camaleoa e Magrelinha, com A. Falávamos disso ontem mesmo. Como nos divertimos! Porque A. era minha cúmplice no amor por Caetano.
Caminhos Cruzados, de Tom Jobim, na voz de Caetano, com M. M., você não entendeu.
Eu não me arrependo de você, com C. Foi ela que cantou primeiro. E eu peguei a canção para nós.
Nosso estranho amor, com T.
E folgo em dizer que foi Nine out of ten que embalou o romance de Papito e Tuca, que se casaram recentemente e que tiraram uma foto em Portobello Road quando estavam na Europa!
E nisso se vai Língua, com a minha paixão pela Língua Portuguesa; e Almodóvar e Glauber Rocha, no cinema; e Sem Lenço, Sem Documento e London, London, contra a ditadura; e os poetas concretistas; e até mesmo Sozinho, de Peninha, quando o grande público passou a pedir para ouvi-lo nas rádios.
Pois é... Na alegria e na tristeza, lá sempre esteve Caetano Veloso. Nunca tive o prazer de encontrá-lo pessoalmente, e quando sonho em ser escritor, uma das coisas que mais desejo é na possibilidade de, reconhecido como artista, conhecer meus ídolos da arte. E um deles é Caetano.
E hoje, no dia dos pais, ao lado do meu velho pai, Ailson Antônio Santos Malheiros, que não escuta Caetano (meu pai nunca sai de Placido Domingos e Julio Iglesias), eu saúdo Caetano Veloso também como um pai. Pois eu só consigo compreender a vida através da arte. Assim, tenho alguns pais nessa jornada. E Caetano é um deles.
Talvez o maior.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Eu mergulharia naquela Guanabara
Semana passada, eu estava no Rio de Janeiro. Tomei o avião de volta para Recife na terça-feira. Às onze horas da noite com mais 36 minutos, eu e mais uma centena de passageiros estávamos fora do solo. Voamos. Desconfortável, digo-lhes, conforme. Não somos pássaros. Os sonhos voam mais fácil.
Viajar de avião é para mim sempre um alumbramento. Fico impressionado. Há circunstâncias nesta vida que me fazem comportar como uma criança. Uma delas é viajar de avião. Quanta gente há neste mundo! Da hora em que eu entro pela porta de vidro de um aeroporto até o minuto que eu saio pela do outro, é um contentamento infantil.
Corre em mim certa substância divina, como corre pelo caule das árvores a seiva bruta que vem do solo e segue em direção às flores. Fico perplexo, vigilante, confiante. Deusificado.
Nesta última viagem, sentou-se do meu lado um sujeito enjoado. Trajava calças jeans, camisa de botões listrada, ensacada por dentro, cinto e sapatos pretos e um relógio com pulseira de aço e uma enorme circunferência que lhe encobria o punho quase inteiro. Não chegara ainda aos quarenta anos de idade. Seus cabelos começavam a cair, e as falhas no couro cabeludo já eram bem visíveis. A pele era um pouco desgastada, certamente por conta da exposição excessiva aos raios solares dos trópicos. Tinha, em resumo, o perfil de um contribuinte individual do INSS: casado, um tanto grosseiro, pouco educado, desconfiado, alheio aos Novos Baianos e inseguro quanto à originalidade da Bossa Nova, descrente dos anjos, católico por vocação, ex-fumante, bebedor de cerveja, comedor de cuscuz com leite, artilheiro da pelada de domingo e amigo do cara do almoxarifado da empresa.
Não era o tipo de pessoa que eu queria que se sentasse ao meu lado no voo, Deus que me perdoe. Francamente, a gente sempre espera que alguém legal se sente do nosso lado nas poltronas dos aviões, correto? Porque... Já pensou se ele cai? Ou se enfrenta uma turbulência grande, daquelas que parece que o avião acaba de passar por cima de uma lombada de nuvem?
Não, não! Importante estar junto de alguém legal nessas horas, principalmente quando estamos viajando sozinho.
Resumindo, a aura do cara não bateu com a minha. E, para piorar, o danado se pôs a roncar. Roncar, sentado, ao meu lado... Quase meia-noite, sobrevoando a Guanabara, umas saudades no peito, umas belezas ainda coladas nas retinas, uns perfumes entranhado nas narinas, e por fim, um Sándor Márai devastador no colo, querendo e não querendo ser lido, por muito temor pelos personagens, que já tinham ganhado vida e cujos destinos agora se haviam cruzado com o meu... E o sujeito, roncando do meu lado. Shit!
Diante daqueles roncos terríveis, instintivamente me virei de lado, bastante irritado. Minha fileira era a do lado direito. Assim, quando girei o pescoço na direção da fileira esquerda, lá estava a minha pérola. Meus olhos foram dar direto nela. Na mesma hora, os roncos e o seu dono ao meu lado, como que num passe de mágica, sumiram. De onde era aquela moça? Bolívia, Peru ou Equador. Colômbia, talvez. Não era brasileira, isso eu sabia com certeza. E era andina. Como era! A serenidade da Cordilheira lhe escapava pelos poros da pele achocolatada dos Andes. Os olhinhos puxados e os dentes em viaduto confirmavam. Era andina.
Presa nos elos da sua jaquetinha barata, cor de marfim com listras negras no ombro, a mocinha, que não era nem bonita nem feia, chorava dolorosamente. O corpo se sacudia inteiro aos soluços desesperados do choro, enquanto ela estendia o olhar faminto pela janelinha do avião. As lágrimas refletiam a luz da Guanabara, imitando as águas da baía. O rosto se contorcia inteiro diante da dor da partida. Que deixava aquela moça no Rio de Janeiro? Um filho, talvez. Um amor, com certeza. E raízes, com toda certeza desse mundo. Ali estava uma plantinha dos Andes, longe de casa, alçando voo para algum lugar distante, e se afogando em lágrimas de saudades lancinantes.
Mocinha andina, mocinha andina... Eu conheço aquela dor. Aquela dor de quem se separa do amor.
E eu te amei, do fundo do coração, como amo todos aqueles que, como eu, já sofreram com a dor de se separar de um grande amor.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Eu ia pelo Recife Antigo, do Paço Alfândega em direção à Rua do Imperador, quando um carro cinza encostou e buzinou. De dentro dele, vi que uma mãozinha delicada acenava para mim. O vidro se abriu, e do lado de dentro, uma voz feminina me chamou, meio sem jeito; primeiramente, achei que a conhecia. Depois, percebi que nunca tinha ouvido aquela voz antes. Eu trazia na mão quatro livros grossos; todos os quatros versavam sobre Direito Tributário. Acho que a moça não percebeu isto. Meio timidamente - em parte por causa dos livros, em parte por causa dos enormes óculos escuros que a garota usava -, aproximei-me do carro cor de chumbo, que refletia os raios do sol escaldante. Eram onze horas da manhã.
A moça era bonita e muito jovem. Assim que pus o rosto bem próximo ao vidro aberto, notei sua distinta beleza, mas confirmei que não a conhecia. Mesmo assim, sorri. Diferentemente, ela sorriu de volta como quem me conhecesse; lembrou-se de mim. Chamou-me pelo nome, perguntou para onde eu ia. Respondi que estava indo para a Rua do Imperador. Ela então me ofereceu uma carona, mas eu disse que não era necessário. E naquele momento, apesar da grossa aliança de ouro que usava na mão esquerda, a bela moça abraçou o meu rosto e me deu um beijo ardente na boca. Um beijo daqueles, de quem beija loucamente, com saudade de algum passado que nunca esqueceu. Inconscientemente, retribuí; beijei, apalpei, amei. O rio Capibaribe havia penetrado em minhas veias minutos antes, enquanto eu caminhava e... Quatro livros nas mãos, quatro no coração: o rio, o amor, a moça e a poesia.
Depois, como quem procura entender qualquer coisa, perguntei de onde vinha aquilo tudo. A moça não disse nada, mas sorriu. Sorriu, travessa. Como sorriu...
Foi o momento mais erótico da minha vida.
Acho que, no fundo, no fundo, aquela adorável garota percebeu que eu trazia no peito aberto a vontade incontrolável de queimar todos os minutos da minha vida na mais violenta chama do amor.
Sim... A vida às vezes não passa de um tórrido encontro de corpos às marges do complacente rio da minha cidade.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Certa vez, alguém compartilhou um link no Facebook (não me djiga!) com uma frase muito interessante. Melhor dizendo, a frase era mais que interessante, era brilhante – nem mesmo o errinho de regência verbal que continha foi suficiente para subtrair o seu brilho. Eu a achei brilhante na ocasião, embora tivesse bebido um pouco quando a li, mas agora, sóbrio e no trabalho, voltei a me encantar pela frase (já conto a razão de ter me lembrado dela hoje). Ei-la:
“Temos empregos que odiamos para comprar merdas que não precisamos."
Consultando o oráculo da modernidade, o bálsamo da curiosidade, a toupeira sagrada dos antigos astecas, enviada por meio de ondas magnéticas até chegar ao século XXI – o Google -, encontrei (não me djiga!) a mesmíssima imagem do link que algum dos meus amigos compartilhou no Face naquela ocasião. Ei-la:
Curti, curti. Confesso que curti. Pra falar a verdade, nunca tinha ouvido falar de Tyler Durden na minha vida (só sei que ele deve ter lido muito Bukowski e Henry Miller), mas descobri no Google que Tyler Durden é o personagem de Brad Pitt em O Clube da Luta (clássico do cinema moderno). Bingo.
Então, deixem eu dizer por que foi que eu me lembrei dessa frase hoje. É que, de manhã, enquanto eu comprava uma caixinha de Halls vermelho na Select do posto de gasolina perto da minha casa, chamou a minha atenção a matéria de capa de um jornal de grande circulação na cidade, a qual metia o pau num rapaz que trabalha numa repartição pública e que deu uma dedada para uma senhora/senhorita que estava sendo atendida por ele.
Eu não acho certo as pessoas saírem distribuindo dedadas por aí, ainda por cima quando não se conhecem. Não sei ao certo como se deu o caso da dedada do rapaz - nem me importa. Acho uma indelicadeza o sujeito dar dedada para uma mulher, ainda mais em público, pois, como diria Machado de Assis, noutro contexto: o maior pecado, depois do pecado, é a publicação do pecado.
Acho que a dedada é um gesto que deve ser evitado a todo custo. É mais apropriado para locais como estádios de futebol, mesas de pôquer, peladas de meio de semana, shows de heavy metal, intimidade de certos casais, etc. E, mesmo assim, com moderação. Mas eu não estou aqui para julgar ninguém. O ponto que eu quero focar nessa história é outro: o sujeito tem que estar ODIANDO demais a MERDA do emprego dele para dar uma dedada a uma senhorita, em pleno ambiente de trabalho, e pior: mesmo sabendo que estava sendo filmado.
Deus! Esta é uma boa oportunidade para repensarmos um pouco sobre o que estamos fazendo da nossa vida! Estamos permitindo a escravidão generalizada. Não tenho dúvidas de que o desemprego é pior do que qualquer emprego de carteira assinada, mas todo o mundo há de convir que há certos locais de trabalho que são uma DESGRAÇA sobre a terra e que você faria de tudo para NUNCA ter que trabalhar nele! Não tem dinheiro que pague. E não é necessário ter trabalhado lá para saber disso. É igual à água de esgoto: não precisa ter bebido para saber que é ruim.
Que diabos de regime é este que estamos tentando manter, onde um emprego chateia dois cidadãos ao ponto de eles se agredirem mutuamente e... Desembocarem numa terrível dedada... Filmada... E pra piorar, postada no Facebook...
O caso foi parar na tv. Quanto ao acontecido, a assessoria de imprensa do órgão público, em nota oficial, informou que (...) "o funcionário já foi afastado do atendimento e chamado aqui à sede amanhã, onde será atendimento pela Diretora de Atendimento ao Usuário e pela gerente de Recursos Humanos, ambas psicólogas. Depois, será encaminhado à Corregedoria."
Achei a nota bem oportuna. Adorei principalmente a parte que falou do encaminhamento do funcionário às psicólogas, profissionais mais do que indicadas para auxiliar na solução do problema. Problema que, a meu ver, merece atenção de toda a sociedade. Afinal de contas, nós não queremos ter que concordar com Tyler Durden em tudo, queremos?
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